NOTICÍA

TERRAPRO desmistifica agricultura de precisão em dia de campo

25 Set 2017

Num dia de campo realizado em Samora Correia, a 21 de Setembro, a TERRAPRO demonstrou a cerca de 100 agricultores e técnicos que as novas tecnologias – imagens aéreas multiespectrais das parcelas agrícolas, sondas de monitorização do teor de humidade no solo, mapas de condutividade elétrica do solo e aplicação diferenciada de rega – estão hoje mais acessíveis, permitindo um significativo aumento na eficiência da gestão agrícola.

O objetivo da TERRAPRO é ajudar os agricultores a serem mais eficientes na rega e fertilização das culturas, através da agricultura de precisão. Além do trabalho em Portugal e Espanha, a empresa acaba de abrir uma filial no Chile.

O dia de campo decorreu no Monte de Santo Isidro, propriedade do agricultor José Pereira Palha, onde a TERRAPRO acompanha um pivot de rega em milho, instalado em terrenos arenosos muito heterogéneos, originando grande variabilidade na produção.

«Há 20 anos que produzimos milho neste terreno e sempre com o mesmo problema- diferenças brutais de produtividade. Pedimos ajuda à TERRAPRO, foi um ano de intensa recolha de dados, e esperamos que no próximo ano, com as recomendações de rega de acordo com os dados recolhidos pelas sondas e os dados de condutividade elétrica do solo, consigamos melhorar a produtividade do milho em cerca de 20% ou 30% na zona do pivot onde o solo é menos produtivo», afirma José Pereira Palha.

A TERRAPRO instala por ano cerca de 420 sondas de monitorização do teor de humidade no solo (tecnologia desenvolvida pelos próprios técnicos da empresa) e realiza recolha de imagens aéreas multiespectrais (imagens NDVI ou de Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) em 5.000 hectares de terras cultivadas, além de 4.000 hectares de imagens por avião. A informação recolhida serve para identificar problemas de rega, fertilização e infestantes e está na base de recomendações de rega (quando regar, quanta água aplicar e a melhor forma de a distribuir).

Em última análise, o agricultor pode ajustar a rega à variabilidade do solo dentro da parcela, caso o seu pivot esteja equipado com tecnologia VRI (taxa variável de rega). «Nas partes do solo com maior capacidade de retenção de água recomendamos uma velocidade de avanço do pivot mais rápida, enquanto para solos arenosos o avanço deve ser mais lento», explica Sónia Garcia, responsável técnica da TERRAPRO.

Num outro caso, numa exploração de tomate indústria nas margens do Rio Sorraia, com problemas de salinidade dos solos, a TERRAPRO, realizou o mapeamento da eletrocondutividade do solo no início da campanha, recolheu amostras para colocação das sondas e obteve imagens aéreas NDVI, de 10 em 10 dias, durante toda a campanha. Desta análise resultaram recomendações para aplicação de gesso nas zonas mais salinas da parcela, escolha de variedades de tomate em função da variabilidade do terreno e diferentes estratégias de rega intra-parcela.

«A rega é decisiva para o sucesso das culturas. Trabalho com a TERRAPRO e sinto-me muito confortável porque encontro na sua equipa um saber de experiência feito, além de uma tecnologia com provas dada. É importante poder confiar no aconselhamento dos seus técnicos, porque a informação das sondas só por si não basta. Com a ajuda da TERRAPRO já não cometo desvios tão grandes daquilo que hoje considero que é a forma ideal de regar», reconhece Joaquim Pedro Torres, responsável da Valinveste, outro cliente da TERRAPRO.

Afonso Bulhão Martins, técnico numa exploração agrícola com 1.000 hectares de regadio (milho, cereais de pragana e tomate indústria) no Alto Alentejo, explica porque recorre aos serviços da TERRAPRO: «Começámos a usar a tecnologia TERRAPRO há cerca de dois anos em toda a área de regadio e é sobretudo nas culturas de maior rentabilidade (milho e tomate) que tem maior importância. Penso que o futuro passa por reduzir o uso da água de rega, otimizando este recurso, por questões ambientais, e porque, junto com a energia, é dos fatores que mais pesa na conta de cultura».

O dia de campo contou com o apoio das empresas Syngenta, Timac Agro, New Holland e Banco Santander, que apresentaram outras ferramentas de agricultura de precisão, nomeadamente, auto-guiamento de tratores; tecnologia VRI (taxa variável de rega) e pulverização com bicos ajustados para aumentar a eficácia de produtos fito-farmacêuticos.

Este foi o primeiro evento de um ciclo de três, intitulados “Precisamente”. O próximo dia de campo decorre dia 27 de Setembro, em Monforte, numa exploração de olival.