Continuando com a publicação das respostas que os principais players do mercado de tratores agrícolas nos deram, no seguimento do inquérito sobre a evolução do mercado em Portugal, é agora a vez de Osvaldo Cordeiro, Diretor Comercial para Portugal do Grupo ARGO, responsável pela comercialização das marcas Landini e McCormick em Portugal.
Esta sequência de artigos culminará com a publicação de uma reportagem global com todo o panorama do mercado de tratores em Portugal, incluindo as estatísticas de vendas de 2022.
CM - Que balanço faz do mercado nacional de tratores agrícolas em 2022? Alcançou os objetivos para as suas marcas?
OC - 2022 foi um ano de muita instabilidade e incertezas mas acabou por ser um ano positivo, muito suportado pelo programa de incentivos à renovação do parque de tratores, especialmente na primeira metade do ano. Mas já com uma clara tendência de queda no segundo semestre.
Para o grupo ARGO foi um ano muito difícil mas interessante. Consolidámos a nossa atividade mantendo a quota de mercado do ano anterior, depois de uma subida face a 2020. Conseguimos introduzir novos modelos importantes no nosso portfólio e fortalecemos a nossa relação com a rede de concessionários, neste que foi apenas o segundo ano com distribuição direta em Portugal das nossas marcas através da filial ibérica.
CM - Apesar de todas as incertezas, o que espera do mercado de tratores agrícolas em 2023?
OC - Espero que seja uma ano em que uma vez mais o sector agrícola demonstre a sua resiliência, estabilidade e capacidade de superação, tal como tem acontecido em outros anos difíceis da nossa historia. Relativamente aos tratores, este será um ano em que todas as marcas vão ter as suas gamas de produto de acordo com as emissões Stage V e isso irá trazer um nivelamento da oferta. Julgo que este fator, combinado com o clima de instabilidade económica vá contribuir para que o mercado continue com uma tendência de queda nos primeiros meses do ano e que depois vá recuperando lentamente e acabe por ser um 2023 muito em linha do que foi 2022. Mas para isso será fundamental que os apoios comunitários cheguem aos agricultores portugueses.
CM - Como estão as suas marcas/empresa a atuar para dar a melhor resposta ao mercado em 2023?
OC - Uma vez estabilizadas as linhas de produção e os prazos de entrega. Entramos em 2023 com toda a gama de produto renovada, praticamente disponível, e muito bem adaptada ao mercado português.
Estamos a trabalhar fortemente em programas de formação com a rede de concessionários, para melhorar o nosso após-venda e conseguir prestar, cada vez mais, um serviço melhor aos nossos clientes. No campo comercial, pretendemos reforçar a equipa com mais um delegado comercial para a zona sul e continuar a expandir a rede de distribuição. Também ao nível das ferramentas digitais o Grupo ARGO tem apostado muito, desenvolvendo novos programas para preparar melhor os nossos concessionários para as necessidades do presente e desafios do futuro.
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