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NOTICÍA

John Deere em encontro com jornalistas: A marca mantém uma operação robusta na Península Ibérica

26 Jan 2024

A John Deere Ibérica reuniu novamente a imprensa especializada na sua sede em Parla (Madrid), o Portal Comércio Máquinas esteve presente na reunião, onde a marca americana partilhou a sua visão em relação à evolução do sector agroalimentar, o desempenho da empresa durante o último exercício, tanto a nível internacional como em Portugal, e os projetos e evolução do Innovation Center, que celebra o seu primeiro ano de existência.

 

Bons resultados da John Deere

Começando pelo desempenho da empresa no ano passado, Jaime Muguiro, Diretor Comercial, foi responsável por detalhar os principais dados sobre o mercado de maquinaria na Península Ibérica. Destacou que, num cenário em que a matriculação de tratores diminuiu 15% em Espanha e 7,5% em Portugal, a John Deere conseguiu aumentar a sua quota de mercado. Na sua análise, apontou um comportamento desigual em cada um dos segmentos de tratores. Assim, os modelos especializados sofreram uma queda nas vendas superior a 40%, enquanto os tratores convencionais, entre 100 e 150 CV, diminuíram cerca de 5%. Por outro lado, os tratores de alta potência - acima dos 150 CV - mantiveram-se praticamente estáveis, com uma redução de apenas 2%.

 

Com estes dados, observa-se como o intervalo de potência acima de 100 CV foi o que menos sofreu no ano passado e é, ao mesmo tempo, o intervalo principal onde a John Deere atua. Além disso, a empresa foi capaz de aumentar a sua quota de mercado no geral em Espanha, apesar de ter perdido alguma expressão em Portugal. De acordo com Jaime Muguiro, em Espanha no intervalo de 100 a 150 CV, a quota de mercado da John Deere situa-se em cerca de 32%, mantendo-se estável nos últimos anos. No entanto, no intervalo acima de 150 CV, a marca ultrapassa os 44% de quota de mercado, com um aumento de 13 pontos nos últimos três anos. Em Portugal, no intervalo entre 100 e 120 CV a quota da John Deere chega aos 21%, entre 120 e 150 CV alcança os 37%, entre 150 e 200 CV chega a uns impressionantes 40%, entre 200 e 250 CV fixa-se nos 25% e, finalmente, acima dos 250 CV chega aos 43%.

 

Desta forma, Jaime Muguiro expressou grande orgulho pela sua equipa comercial, com uma menção especial à rede de vendas, "os verdadeiros artífices destes resultados", bem como ao pessoal da fábrica, capaz de desenvolver os equipamentos exigidos pelos agricultores.

 

Com estes bons dados em termos de posicionamento no mercado, o balanço económico também tem sido favorável. Neste caso, Santiago González, Controller na John Deere Ibérica, apresentou alguns dos principais resultados. Destacou os bons resultados da matriz, com uma faturação recorde que ultrapassou os 61.250 milhões de dólares (16% acima dos resultados do ano anterior), com um lucro de 10.166 milhões de dólares, um aumento de 43%, o que reflete uma clara melhoria nas margens operacionais.

 

Agricultura de precisão

Outro dos temas abordados na apresentação foi a importância que a Agricultura de Precisão tem para a marca. Isto reflete-se na estratégia Smart Industrial, que foi implementada há alguns anos. Com este foco no negócio, a John Deere afirma que, para além de fabricar máquinas, desenvolve equipamentos inteligentes e conectados capazes de enfrentar os desafios da agricultura atual e futura. Um exemplo disso foi o stand da marca na feira Agritechnica, uma verdadeira mostra de inovação e tecnologia aplicada a máquinas de novo desenvolvimento.

 

E para destacar alguns dados da importância que este tema tem para a marca, mas também para os seus clientes e concessionários, Jaime Muguiro indicou que a plataforma Operations Center da marca conta com um total de 9.569 clientes, enquanto neste momento existem mais de 12.870 máquinas conectadas, um número que aumenta diariamente.

 

Tecnologia, a grande aliada

A conversa sobre a matriz tecnológica começou com a intervenção de Eduardo Martínez, Diretor da Unidade de Negócio da John Deere Ibérica, que ofereceu algumas chaves sobre a situação atual do sector agrícola e as perspectivas para o futuro. Destacou o "rebalanceamento de forças" que está a ocorrer na política comunitária, uma vez que, face ao excesso de peso das políticas mais restritivas para a atividade agrícola em comparação com as propostas mais "verdes", atualmente também se está a considerar a soberania energética e alimentar.

 

Também analisou a situação agrícola na Europa, com perspetivas desfavoráveis na Inglaterra devido às condições climáticas, ou em Itália, que, após o aumento das vendas de maquinaria impulsionado por subsídios, agora enfrenta um período de redução nas vendas. Por outro lado, tanto Espanha como Portugal enfrentam uma campanha com maior estabilidade, segundo Eduardo Martinez.

 

Na Península Ibérica destacou a crescente profissionalização das explorações. Como por exemplo, a venda de tratores maiores junto de empresas de prestação de serviços, entre outros, o que demonstra que o futuro para a John Deere é cada vez mais risonho no seio de uma agricultura profissionalizada e rentável.

 

Por: Coque Ferrero (colaborador Portal Comércio Máquinas)