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John Deere na FIMA com o cliente no centro do seu mundo

09 Mar 2016
John Deere na FIMA com o cliente no centro do seu mundo

Um dos pontos altos da FIMA é sempre a visita ao stand da John Deere. Novidades são sempre inúmeras, o acolhimento é ultra-profissional e o cliente está sempre no centro. 

Desta vez, e como habitual, a John Deere foi galardoada com vários prémios e menções relativas às novidades tecnológicas que apresentou. Estes galardões têm sempre como ponto comum o FarmSight - uma estratégia de integração entre diferentes fatores agrícolas para uma agricultura inteligente e sustentável.

Tivemos a oportunidade de falar com Enrique Guillén, Diretor-Geral da John Deere para Espanha e Portugal sobre estes e outros assuntos. Enrique Guillén está à frente da John Deere Ibérica há cerca de 6 meses e desde logo chama a atenção pela sua proximidade com a cultura e língua portuguesa. Fala perfeitamente português e demonstrou, ao longo da nossa conversa, uma afinidade com o nosso país que augura uma boa ligação entre a sede em Parla e o mercado português através de concessionários, delegados e desde logo com o cliente final!

CM: Enrique Guillén lidera a empresa há poucos meses, quais são as primeiras impressões?
EG: Já trabalho na John Deere há 18 anos, nos primeiros 14 anos tive a responsabilidade para Espanha e Portugal da coordenação de vendas. Nessa altura pude conhecer profundamente os concessionários, clientes e as formas de trabalhar em Portugal. Depois estive 4 anos na central europeia na Alemanha com responsabilidades em Marketing Estratégico. Agora volto a casa, onde encontrei gente motivada e preparada, sendo a chave de tudo uma grande equipa profissional. Na rede também estamos numa fase ideal para enfrentarmos os desafios do futuro.

CM: Já que fala na rede de concessionários, ela está absolutamente estabelecida?
EG: A John Deere Ibérica iniciou em 2005 uma estratégia de concessionários de futuro, passando de mais de 100 concessões em Espanha e Portugal, para apenas 35. No caso concreto de Portugal passou-se de 16 concessões para 6! A razão principal desta estratégia foi, como sempre, o cliente! O cliente é cada vez mais profissional, mais exigente e para podermos dar a melhor resposta tivemos de implementar uma estratégia que levou o concessionário a um novo patamar de profissionalismo, recursos, capacidade… E para isso a escala é fundamental. Agora com maiores e melhores concessionários será possível ter mais recursos, maior especialização, e, por exemplo, os melhores funcionários da região. Esta foi uma estratégia pró-ativa e não reativa! E agora estamos mais preparados do que nunca para os desafios do futuro! O nosso índice de satisfação do cliente está nos melhores níveis de sempre! A rentabilidade é outro ponto fundamental: As nossas concessões estão a ter níveis de rentabilidade superiores ao do restante mercado automóvel.

CM: A estratégia FarmSight é ímpar no mercado agrícola, como está a ser implementada?
EG: A John Deere é pioneira na área da agricultura de precisão. Somos a única marca com divisão própria para esta área, sem qualquer tipo de aliança com fornecedores exteriores. Estamos a disponibilizar a tecnologia de precisão desde 2000 ao mercado e a mensagem que queremos passar é: Nós não vendemos a máquina mas sim soluções, aqui tem lugar o financiamento, a extensão de garantia, o plano de manutenção e toda a oferta de agricultura de precisão. Farmnsight significa pró-atividade, os nossos concessionários estão hoje capacitados para desenvolver esta estratégia. Em Portugal, a prioridade FarmSight é para a zona denominada Portugal Sul (J. Inácio e Tractomoz). Atualmente as concessões estão preparadas tecnologicamente para se ligar remotamente aos equipamentos John Deere e de uma forma preventiva atuar sobre a máquina para ter sempre o máximo rendimento e a máxima disponibilidade e produtividade.Assim, FarmSight é a estratégia de pro-atividade onde as novas tecnologias jogam um papel principal!

CM: Quais os maiores destaques da John Deere na FIMA?
EG: O nosso máximo objetivo é servir bem o cliente. Não tanto na apresentação de novidades - que hoje estão acessíveis um múltiplos meios - mas sim pela aproximação ao cliente. Temos um design de stand aberto para dar as boas vindas ao nossos clientes. O fundamental do nosso espaço não é a máquina mas sim a relação com o cliente. Temos aqui toda a equipa da John Deere Ibérica e da nossa financeira, contamos com a integração da nossa força de vendas, dos nossos concessionários e temos colegas da central alemã que nos acompanham durante toda a feira. A mensagem ao mercado é que na península ibérica somos líder como marca e líder em inovação. Tivemos 10 prémios nesta feira, o que é um recorde histórico e absoluto! E o que nos agrada mais é que esses prémios se traduzem em valor acrescentado para o cliente. É um grande orgulho, pois são sempre soluções inovadoras para o cliente. Liderança, Inovação e Relação! Estas são as nossas bases e estes prémios são também transversais às diferentes áreas de produto.

CM: E especificamente, dentro de tantos prémios o que podemos destacar?
EG: Podemos falar das soluções FarmSight. Sem dúvida, várias das inovações vão mesmo nessa linha. Não estamos a falar de um trator, de uma ceifeira, ou de qualquer outro equipamento mas sim de soluções, como software de gestão de frota, de otimização de rendimento e de conetividade! A John Deere acompanha, como pioneiro na agricultura, aquilo que também já se vê noutras áreas de atividade - conetividade, gestão e software. Destacaria portanto as soluções de conetividade FarmSight.

CM: E em termos de produto? Que novidades temos na feira?
EG: Temos um trator para agricultura mista - cereal e pecuária que é o 6115 RC de 115 cv. Trata-se de um equipamento muito polivalente e versátil, com 114 litros/minuto de fluxo hidráulico e uma capacidade de elevação de 4.900 kg. Além disso temos o 6195M, um trator de grande potência (195 cv) com um nível de equipamento adaptado ao mercado português e espanhol. Ou seja, temos a qualidade John Deere mas a um preço muito competitivo. Nas enfardadeiras de fardos gigantes temos a nova série 1500, com grande enfoque para prestadores de serviços que combina perfeitamente com o nosso trator 5M. Estamos a mostrar pela primeira vez na península ibérica a ceifeira-debulhadora W440, que tal como o 6195M é um produto com níveis de especificações mais baixos mas com toda a qualidade e garantia de prestações John Deere. Para o mercado português é importante focar o crescimento da gama de tratores especializados com a nova gama 5G F/N/V com novos motores, com curvas de rendimento muito adaptadas às culturas especiais, com raios de viragem muito melhorados e potência hidráulica muito destacável. E não é só o trator, temos os pulverizadores que são a máquina chave para as culturas especiais.

CM: Precisamente, a John Deere tem vindo a adquirir marcas de máquinas complementares para agricultura, nomeadamente alfaias. Recentemente adquiriram a Monosem, que outras novidades haverá proximamente?
EG: O mercado está a mexer. A John Deere investe diariamente 6 milhões de dólares em I+D, recentemente adquirimos a Monosem e duas empresas na área de agricultura de precisão. Estamos muito focados nos cuidados culturais, equipamentos forrageiros, com uma grande gama e finalmente a agricultura de precisão. A 5ª revolução agrícola é o “Big Data”, pois temos de saber o que fazer com a quantidade enorme de informação que podemos recolher com as máquinas atuais! Até ao final do ano poderemos ter novidades em termos de aquisições.

CM: Quais são as perspetivas da John Deere em 2016 para a península ibérica?
EG: Para Portugal prevemos um mercado plano. Não deverá crescer nem decrescer. Em Espanha há um pouco mais de otimismo. Talvez 4% de crescimento, com uma maior facilidade de acesso ao crédito. E com crescimento em setores como o olival e o amendoal. O ambiente da feira é bastante bom, esperemos que augure um bom ano agrícola.