Crescimento no final de ano aproxima as vendas de tratores em 2023 das ocorridas em 2022

09 Jan 2024
Artigo Técnico: Análise de Mercado

Apesar das vendas de tratores terem estado em franco decréscimo ao longo de 2023 os últimos dois meses do ano quase equilibraram a balança final. Assim, de uma queda próxima dos 30% passou-se para apenas 7,6% de descida no final do ano.

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Em 2023 a marca indiana Solis alcançou a liderança no mercado com 712 unidades vendidas, mais 1% que no ano anterior. De realçar que estes números foram alcançados graças ao segmento de potência abaixo dos 26 CV, com 612 matrículas! A quota de mercado alcançou os 13,36%

Em segundo lugar situou-se a New Holland com 643 unidades vendidas e uma quebra de 12,9% face a 2022. A quota de mercado da marca italiana alcançou os 12,06%. O escalão de potência com melhor comportamento por parte da New Holland é o situado entre 54 e 80 CV, onde a marca se destaca com 250 unidades matriculadas.

Em terceiro ficou a Kubota com 483 unidades. Uma quebra de 20,4% e uma quota de 9,06%. O escalão de potência em que a Kubota se evidencia mais é o situado entre os 40 e os 53 CV, com 119 unidades vendidas.

Em quarto lugar ficou a John Deere com 459 unidades vendidas, correspondente a uma quebra de 16,6% e uma quota de 8,61%. A marca americana destaca-se nos escalões de potência acima dos 150 CV, onde é líder destacado.

Em quinto lugar ficou a Deutz-Fahr com 405 unidades e uma quebra de 2,2% face a 2022, traduzindo-se numa quota de 7,60%. De referir que o Grupo SDF foi o aglomerado de marcas com maior quota de mercado em Portugal. Algo que já ocorre há vários anos.

Com maiores subidas ao longo de 2023 temos:
A LS com uma subida 35%; A Hinomoto com mais 17%; A Branson com aumento de 50%; a Preet com crescimento de 52%; a TYM com mais 18% e a Goldoni com aumento de 21%.

Com maiores descidas ao longo de 2023 temos:
A Kubota com menos 20%; a John Deere com diminuição de 16,5%; a Farmtrac com decréscimo de 24%; a Valtra com variação negativa de 22%; a Hurlimann com descida de 20%; a Case IH com menos 40%; a Massey Ferguson com queda de 37%; a Iseki com diminuição de 21% e a VST com variação negativa de 19%.

A maior parte dos players do mercado espera que 2024 seja melhor que o ano agora terminado. No entanto, as tensões internacionais poderão trazer incertezas que afetem o negócio de maquinaria. Além de guerras em diversas geografias, os ataques terroristas aos navios em zonas sensíveis como o Golfo Pérsico, está a fazer aumentar novamente o custo do transporte marítimo internacional para valores consideráveis. Pelo lado positivo, o ano agrícola está a iniciar-se com boas reservas hidrológicas no solo e na maior parte das albufeiras. Apenas o Baixo Alentejo e o Algarve estão com reservas manifestamente insuficientes.